Sou professor de carreira. Porque quero. Porque gosto. Não sou paraquedista, nem experimentador. Sou professor mesmo. Para ensinar. Já passei por várias reformas e sobrevivi. Penso que não será esta que vai acabar com os sonhos que ainda me restam.
Depois de a senhora Professora Maria de Lurdes Rodrigues ter dito que reprovar os alunos que não sabem é mais prejudicial do que passá-los sem saber, devo alertar para o seguinte: a passagem de ano de alunos que não conseguiram, por motivos vários, reter os conhecimentos mínimos exigidos pode provocar situações que, a médio prazo, vão comprometer (ainda mais) o futuro real do país: deixamos de ter gente que saiba construir casas e os engenheiros e os arquitectos tornam-se substantivos de encher, porque não têm conhecimentos suficientes nem para ler uma planta, quanto mais para desenhá-la; não teremos médicos capacitados, os cirurgiões não saberão operar, os professores não saberão ensinar, os advogados terão dificuldade em interpretar leis, os contabilistas vão desistir de fazer contas porque não as dominam, os jornalistas não saberão escrever, nem os escritores virão a saber a diferença entre uma badana e uma contracapa. E os ministros da Educação, aqueles que souberem ler e escrever, passarão a tomar decisões ainda mais desastrosas do que as que têm tomado ultimamente. Sei que vou sobreviver a esta reforma, e que não estou sozinho mas, desculpe, senhora Ministra, quem não souber a matéria na minha disciplina não poderá passar de ano.
Depois de a senhora Professora Maria de Lurdes Rodrigues ter dito que reprovar os alunos que não sabem é mais prejudicial do que passá-los sem saber, devo alertar para o seguinte: a passagem de ano de alunos que não conseguiram, por motivos vários, reter os conhecimentos mínimos exigidos pode provocar situações que, a médio prazo, vão comprometer (ainda mais) o futuro real do país: deixamos de ter gente que saiba construir casas e os engenheiros e os arquitectos tornam-se substantivos de encher, porque não têm conhecimentos suficientes nem para ler uma planta, quanto mais para desenhá-la; não teremos médicos capacitados, os cirurgiões não saberão operar, os professores não saberão ensinar, os advogados terão dificuldade em interpretar leis, os contabilistas vão desistir de fazer contas porque não as dominam, os jornalistas não saberão escrever, nem os escritores virão a saber a diferença entre uma badana e uma contracapa. E os ministros da Educação, aqueles que souberem ler e escrever, passarão a tomar decisões ainda mais desastrosas do que as que têm tomado ultimamente. Sei que vou sobreviver a esta reforma, e que não estou sozinho mas, desculpe, senhora Ministra, quem não souber a matéria na minha disciplina não poderá passar de ano.
2 comentários:
pois é Amigo, com o surreal em que estas reformas já entraram, quem não tarda a "reformar-se" do país, sou eu.
paciência!???????.......
abreijos,
vovó Maria
No passarán!!!
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