sábado, 29 de setembro de 2012

Até já, Padre Alberto


Partiu o Padre Alberto Dias Barbosa, após 62 anos a viver e a pregar a Palavra em Montemor-o-Novo, que o recebeu como pároco da Freguesia de Nossa da Vila, em Janeiro de 1950. Amigo do Património local, lutou pela recuperação de inúmeros monumentos religiosos. Amigo dos jovens, acolheu na sua igreja grupos de rapazes e raparigas que animavam a celebração da eucaristia com cânticos modernos, acompanhados por verdadeiros conjuntos de baile, conseguindo assim cativar os adolescentes, cujos comportamentos influenciou de sobremaneira, respeitando as diferenças entre eles e fomentando a amizade entre todos.
Foi o principal responsável pelo ressurgimento de “O Montemorense”, o único jornal local durante décadas, do qual foi director durante mais de 50 anos. Em 89 surge a “Folha de Montemor” e as naturais e saudáveis rivalidades de estilo e conteúdo. Os jornais procuravam, cada um à sua maneira, servir a população do concelho, tentando abordar temas que se coadunassem com a sua linha editorial. As temáticas abordadas pela “Folha”, um jornal acabado de nascer e fundado por um grupo de gente com sangue na guelra, eram, para o Padre Alberto, algo ousadas e, por vezes… desajustadas. Por causa disso mesmo, tivemos as nossas trocas de artigos que, por vezes, incendiavam a opinião pública.
Mas a amizade e o respeito mútuo falaram sempre mais alto e quando, no dia 28, me despedi, na Igreja do Calvário, do padre que baptizou os meus filhos gémeos, recordei e agradeci-lhe uma breve passagem ocorrida no início dos anos 80: quando o meu amigo Leopoldo Gomes lhe disse que havia um jovem estudante universitário que escrevia umas coisas que poderiam ser publicadas n’ “O Montemorense”, ele responde-lhe: “Esse rapaz escreve umas coisas? Então traga lá um texto dele para eu ver o que ele escreve.” E o Leopoldo assim fez.
O rapaz era eu.
Obrigado, Padre Alberto e até breve.
 

 

             

 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Bem da Nação

 
Estou assustado com a maneira como o texto da Constituição Portuguesa é utilizado pelas diversas personalidades do nosso Estado. Quando é conveniente, invoca-se o documento para defender interesses e demagogias. Mas ignora-se vergonhosamente o que lá está escrito, quando é para se tomarem medidas para tramar o povo, fazendo do documento estruturante da nossa democracia uma verdadeira palhaçada. Tivemos uma ditadura assumida durante 48 anos. E hoje, que raio de democracia é esta? Será a bem da nação?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A mão e a palmatória

Há uns anos ri-me aqui, em directo, da minha fofa e das amigas que iam, ao serão, fazer as suas caminhadas habituais. Elas na sua passada ritmada, enérgica e saudável e eu no sofá, a ler, a ver uns filmes, umas séries americanas, a escrevinhar umas baboseiras para os blogues ou para os jornais… Hoje, faço exactamente a mesma coisa mas acrescentei mais uma actividade a estas todas. Hoje vou com elas às caminhadas e assumo publicamente que devia ter começado mais cedo.
 

sábado, 8 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mais mobilidade, mais saúde


 
 
Terminou mais uma edição da Feira da Luz. Mais uma vez o autocarro e os comboios que percorriam parte da cidade de Montemor foram de grande utilidade, sobretudo para os mais idosos que, muito naturalmente, têm maior dificuldade de locomoção. Mais uma vez, durante as viagens que fiz, se discutiu a necessidade de haver um pequeno autocarro que, diariamente, permitisse aos montemorenses com mais idade a possibilidade de serem mais autónomos de forma a poderem ir às compras, ao médico, aos Correios, à farmácia ou, muito simplesmente, passear pela cidade, a troco de um passe social com valor acessível, que desse para cobrir algumas despesas.
A ideia não é original. Todos os anos, após a Feira da Luz, se fala no assunto mas, depois, ficamos todos por aqui. Não percebo nada de custos, mas se há outras situações que são viáveis e de fácil financiamento, penso que a Câmara Municipal devia pensar seriamente em implementar esta ideia.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Demitido

 
Os milhares de professores que acabaram de ficar sem emprego são a consequência de uma prolongada política de erros crassos que, mais tarde ou mais cedo, tinha de dar nisto. Pode parecer uma enorme alarvidade da minha parte mas o problema começou ainda antes do 25 de Abril, quando toda a gente podia ir para o ensino. Muitos jovens, com o 7.º ano dos liceus (actual 11.º ano), iam dar umas aulas enquanto não arranjavam um emprego “a sério”! De há uns anos a esta parte, felizmente, isso não acontece. Pelo contrário, a grelha apertou de tal forma que até professores com 10 ou 15 anos de serviço, com uma prática excelente e apaixonada, acabaram agora de ficar sem emprego.
Que se faça uma avaliação docente correcta e justa dos docentes, diferente da última que fomos obrigados a cumprir, e se conclua quem são os paraquedistas e quem são os professores de carreira, que levam a coisa a sério e se preocupam, de facto, em transmitir conhecimentos. Talvez assim estes despedimentos fossem menos injustos.

sábado, 1 de setembro de 2012

Gémeos especiais

 
Há 18 anos tinha início a Segunda Revolução das nossas vidas: os gémeos viram pela primeira vez a luz do dia, saudáveis e com ar feliz. Como hoje. Depois do 1.º de Setembro de 1994... nada ficou como antes. Há bençãos assim.

Distraídos crónicos...


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