sábado, 25 de setembro de 2010

A Torre da nossa existência


(Foto: Carlos Carpetudo)

 

Muito se tem comentado sobre o alegado (não quero problemas com a justiça) desaparecimento do símbolo mais carismático da cidade de Montemor-o-Novo. A antiga Torre do Relógio, presente nos logótipos de grande parte das associações montemorenses, está, segundo corre por aí, prestes a desaparecer. A imagem de marca de um povo, que tem atravessado gerações, que tem dado origem às mais variadas histórias, presente em romances e contos, artigos e reportagens, vai desaparecer em Outubro. É o que consta.

Ideias interessantes (para além de outras muito originais e disparatadas) foram surgindo nas últimas semanas, em blogues e nessa maravilha da natureza comunicacional chamada Facebook. Truques de ilusionismo, obras de restauro, uma vaga de nevoeiro, ataques terroristas… Todas as hipóteses parecem plausíveis, embora TODAS se afastem anos-luz da verdade. O que o pessoal quer saber é o que vai acontecer ao símbolo da cidade, ao emblema da nossa existência. Vamos ter de esperar até Outubro. A data? No dia 30, pelas 4 da tarde.

Enquanto a Torre não desaparece, nós, os Peões, temendo a ausência do nosso ponto de referência, por aqui andamos, desejando secretamente que algo aconteça mas que, depois, e paradoxalmente, tudo volte ao seu devido lugar. Coisas da natureza humana.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Até 30/10... o golpe final



A foto (quem sabe se a última) é do Carlos Carpetudo

Após vários dias de negociações, nada demoveu o autor do crime. A Torre do Relógio vai mesmo desaparecer até ao dia 30 de Outubro. A não ser que... haja um milagre. Mas dos bons. Apela-se à população que se mantenha... vigilante.


domingo, 12 de setembro de 2010



"Olhó Manel Alegre!!"


Foto retirada do site do Correio da Manhã

sábado, 11 de setembro de 2010

Carlos II

Somos mesmo um país terrivelmente injusto. Carlos Cruz tem tido desde a sua condenação um total apoio da televisão pública. As entrevistas sucedem-se, na tentativa de, condenado pelos tribunais, vir a ser absolvido pelo público que há uns anos não perdia um dos seus vários programas televisivos. Por que não terão todos a mesma oportunidade? Se eu cometer um crime e for condenado, terei a mesma oportunidade que Carlos Cruz para reclamar inocência perante o país? Que mecanismos terei de accionar que permitam a minha presença quase diária nas televisões (principalmente na televisão pública) numa derradeira tentativa de enxovalhar a justiça (ainda mais), denegrir os juízes (ainda mais), cuspir nas leis que ainda fazem este país sobreviver? Que outro condenado, por este ou por outros crimes, tem tido as hipóteses de Carlos Cruz? O meu país, o seu país, caro leitor, é isto mesmo: um espaço cada vez mais mal frequentado e onde os condenados têm mais hipóteses de sobreviver do que qualquer um de nós, cujo crime mais grave terá sido o de estacionar o carro em cima do passeio… ou o de ter pago a factura da EDP fora de prazo. E ele até pode estar a ser vítima de um erro judiciário. Mas não serão estes métodos os mais aceitáveis para provar isso mesmo.

Carlos I



Dois homens chamados Carlos dominam a cena mediática nacional. Por razões diferentes. O Cruz por ter sido condenado no Processo Casa Pia e por continuar a alegar inocência, usando tudo o que é mass media, perante os factos provados. O Queirós por ter feito comentários despropositados e, quanto a mim, e esse sim é o motivo real, por não ter sabido conduzir, como um verdadeiro líder, a Selecção Nacional no Mundial da África do Sul. Dois casos diferentes, dois homens diferentes e com uma relação íntima diferente com as câmaras de televisão. O Cruz olha o espectador nos olhos e, num discurso inflamado, tenta convencer a opinião pública da, na sua perspectiva, incompetência dos juízes no decorrer do processo. O Queirós, que não sabe alinhavar uma ideia atrás da outra, e sabendo o triste fim que o esperava, tentava a todo o custo ganhar uma brutal indemnização que viria atrás do despedimento. Viria. Mas parece que não vem. Estalou-lhe a castanha na boca: acabou agora de ser demitido e o senhor Madaíl já disse que não há pão cozido.

Mas este é um caso que nada vale comparado com o outro. Com o do Cruz. Somos mesmo um país de gente estranha. Se as leis não funcionam e se estas deixam criminosos em liberdade, gritam uns por justiça. Se, após escandalosos anos de julgamento, se dão como provados actos criminosos e, consequentemente, se condenam os arguidos, gritam outros que as penas foram duras ou que há inocentes enviados injustamente para a prisão.

A presunção de inocência é assumida enquanto não é lido o acórdão. Depois de lido, se houver recursos interpostos e, depois, a decorrer, essa presunção de inocência continua válida. Por isso, os agora condenados no Processo Casa Pia continuam a ser considerados alegadamente criminosos. Depois de tudo o que foi provado em tribunal, eu considero-os alegadamente inocentes.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Para a posteridade!


Também o meu Amigo Zé Bexiga anda preocupado com o futuro da Torre do Relógio, que faz parte da vida dele e... da nossa. Assim, pelo sim, pelo não, fez este registo do monumento, não vá o diabo tecê-las. Bela foto, Zé Bexiga, concretizada a partir de um outro "monumento da cidade" - o velhinho Largo das Palmeiras. Obrigado!

Distraídos crónicos...


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