O Cardeal Patriarca José Policarpo, figura máxima em Portugal na hierarquia da Igreja Católica, avisou as jovens portuguesas para o “monte de sarilhos” que representava o seu casamento com um muçulmano. Como fui despertado com a notícia, ontem, de manhã cedo, ainda pensei que fosse o acto de despertar, confuso e estremunhado, que me tivesse feito imaginar o que facto não imaginei. Ainda assim, aguardei pelas notícias dos vários canais de televisão e parece que sim: D. José Policarpo fez mesmo esta afirmação que, para além de xenófoba e racista, nos faz recuar aos tempos de um tal Tomás Torquemada (1420-1498) que mandava grelhar quem era de religião diferente. Por isso, a não ser que José Policarpo venha esclarecer o meu espírito conturbado, estarei, a partir de agora, duplamente atento quando o ouvir falar.
Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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5 comentários:
combinou com o "cantigueiro"?...
"eles" acabam sempre por se desmascarar, são como o azeite.
beijocassssss (londrinas)
O Bento XVI também questionou, numa visita a Auschwitz, o omnipresente Deus a quem professa:
"Onde estava Deus nesta altura?"
Acho que chegou a altura de voltarmos às cruzadas, agora que já estamos mais perto da inquisição. Pode ser que se faça por aí uma pequena Justa de quando em vez.
Talve o Cardeal Patriarca seja uma espécie de samaritano com fair-play e não queira que Salman Ruschdie sejam o único odiado pelos muçulmanos.
E eu que pensava que o policarpo era celibatário!...
foi a primeira vez que um membro do clero me fez pensar duas vezes a usar o meu lenço árabe ao pescosso antes de uma saída com as amigas.
Ele continua á minha espera no cabide da porta do meu quarto á espera de dias mais frescos, mas como a minha mente curiosa acerca do pensamento femenino levou-me a perguntar ás minhas amigas se se sentiam mal se eu usásse o meu lenço, se dava mau aspecto, mas fiquei mais descançado sabendo que não as incomoda.
Pois é! Há opiniões que são suficientes para definir um indivíduo. Muito mais do que um inofensivo lenço árabe. O teu lenço é um lenço. E a opinião do D. José Policarpo é um perfeito disparate. Essa é a diferença. Um abraço e obrigado pela visita. Que não seja a última.
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