Olá! Que tal de férias? Boas com toda a certeza! Uns diazinhos na praia, longe da crise e dos problemas que ela nos vem criando. Que tenha aproveitado bem é o meu desejo, porque, como sabe, esses dias, essas horas maravilhosas não, repito, NÃO fazem parte do mundo real. E o caro leitor sabe do que falo. Os encargos que a maioria dos cidadãos assumiu há uns anos, quando tudo parecia fácil e certo, transformaram-se nos últimos meses num pesadelo do qual queremos acordar o mais depressa possível. Há que fazer cortes, há que evitar gastos supérfluos (quais, a uma hora destas?, perguntava-me ontem a minha fofa), há que pensar em prioridades. E pronto, é este o cenário que nos espera durante os próximos meses: milhares de famílias em tentativa de equilíbrio numa corda bamba que, há uns tempos, era uma longa marginal cheia de ar fresco e promessas de prestígio e bem-estar. Para quê estar agora aqui com demagogias, ah, e tal, foi o Sócrates e o Durão e o Guterres… Fomos todos. Aguentemos a chicotada com serenidade… até quando for possível. Depois, quando passarmos para a zona do impossível, não me apetecia nada ser português.
Mas eu só acredito que isto vai, quando e se os cortes se começarem a fazer EFECTIVAMENTE na máquina do Estado. Porque continua a haver dois países distintos. Disraeli, um arguto primeiro-ministro da Rainha Vitória de Inglaterra, escreveu um livro em 1845, chamado Sybil ou as Duas Nações. Os políticos deviam lê-lo. Salvo as devidas distâncias, iam encontrar lá alguns “ares” retirados chapadinhos do nosso querido Portugal.
2 comentários:
Existe a tendência do sonho, do desejo de passarmos para o outro lado do espelho só para ver como seriam as coisas ao contrário do que é o nosso mundo, ou pseudo-mundo encantado.
Concordo com quase tudo. Eu não me endividei sem poder pagar e pago, não criei buracos na Madeira e pago, não tinha conta no BPN e pago, não sou politico incompetente e pago.
Estou farto de pagar dividas e despesas que não contraí! Fónix......
Leonel Craveiro
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