Por tudo o que se diz e escreve neste e noutros órgãos de imprensa, Portugal está a atravessar um período ideal para o surgimento de um salvador que, aproveitando-se do desespero do povo, ansioso por soluções rápidas e eficazes, levará ao poder o primeiro indivíduo, cujo perfil garanta uma saída rápida do sufoco em que a maioria começou a viver.
O desemprego crescente, a crise nas empresas, as confusões no ensino, o descontentamento dos profissionais de saúde, os cortes nos ordenados e nos subsídios, entre outras garantias inalienáveis dos direitos de quem trabalha, a impossibilidade de trabalhar a terra, a incapacidade cada vez maior de Portugal se auto-sustentar, o aumento da criminalidade, a diminuição do poder de compra dos portugueses que vai acabar por estagnar toda a nossa produtividade fazem parte de um cenário onde se notam algumas semelhanças com outros cenários da História recente da Europa, de povos em crise, de braços abertos ao primeiro salvador da pátria que possa ou queira aparecer.
E isto é uma situação muito perigosa. Repito: muito perigosa.
2 comentários:
Estou convicto que os povos da Europa já não são assim tão "tapadinhos" que queiram embarcar em regimes ditatoriais. Apenas 5% dos portugueses continua a votar em partidos que defendem este tipo de regimes, como o regime cubano ou da Coreia do Norte.
Se o senhor Niculau Maquiavel sonhasse que o seu tão pequeno livro dedicado a Lourenço de Medicis que o próprio escreveu com a total essencia de como governar se iria tornar no principal manual de todos os grandes tiranos da política europeia, e mais tarde, internacional, tenho por certeza que Niculau Maquiavel não o teria escrito. Um pequeno livro que sem dúvida mudou o mundo, "O Príncipe" que retrata a visão maquiavéliana da política, sem dúvida um livro poderoso, tanto para o lado do bem, como para o lado do mal como este vídeo pode ilustrar. Livro que contou com a leitura de personalidades como Hitler, Mussolini, Estaline, Franco, Mao Tze Tung, Otto von Bismarck, Lenine, Franklin Roosevelt, Gorbachov, Winston Churchill todos eles fazendo a sua interpretação do mesmo, uns para o melhor, outros para o pior.
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