Estamos a umas escassas duas semanas das autárquicas, momento para muitos considerado crucial, já que o dia 1 de Outubro pode vir ser o primeiro dia de um novo ciclo político e administrativo para o concelho. Por outro lado, se a vitória continuar a sorrir à CDU, no poder há 40 anos, e desta vez sem João Amaro Marques, o melhor dos seus vereadores, estes resistentes vão ser obrigados a estudar e a aplicar novas estratégias e a tomar decisões mais práticas e mais abertas em relação a muitas das questões que não conseguiram resolver no passado. E, naturalmente, terão de levar em consideração as que têm vindo a ser apontadas pela Oposição, no decorrer desta campanha. Para além deste exercício de revisão, nada fácil mas possível de pôr em prática, terão também de fazer contas à vida, porque o dia 1 de Outubro pode vir a ser para eles o primeiro dia do seu último mandato.
Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
domingo, 17 de setembro de 2017
Seattle
O Planeta está cada vez mais revoltado com os maus tratos que os homens lhe têm infligido ao longo de décadas. Os abalos sísmicos, as chuvas torrenciais, os furacões, os incêndios, os tsunamis, a seca prolongada, a fome, a morte... são as manifestações e as reacções naturais deste grande território, cada vez mais doente, devido a um contínuo desleixo, a um gritante desrespeito e a uma ganância sem limites com que temos habitado o nosso mundo.
Há muito tempo que as organizações ecologistas nos têm vindo a alertar para estas questões e para os dramas que hoje vivemos em grande parte do Planeta. Donald Trump é a imagem cinzenta e o símbolo triste desse desinteresse arrogante pelo bem estar de todos nós, num contraste espantoso com o testemunho do Chefe Seattle, dos índios Suquamish, do Estado de Washington, enviado numa carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pearce, em 1855: “Tudo o que fere a terra, fere também os filhos da terra. (...) Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco (...) continua a sujar a sua própria cama e há-de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejectos.”
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Verão
Com o início do ano lectivo, a cidade recupera algum movimento habitual, depois da relativa vitalidade que o Verão nos trouxe. Assistiu-se a algumas manifestações culturais e desportivas que, de enaltecer, levaram até si os que, ficando de férias em Montemor, nada mais tinha que fazer nessas noites quentes. No entanto, tenho de colocar esta pergunta: alguns dos meus 12 leitores foi ao cinema até ao Parque Urbano ou ao Largo da Câmara? Pois eu fui uma vez apenas e... muito bem acompanhado. Levámos (nós e os sete espectadores estóicos e firmes) uma seca tal de José Mário Branco que adormeci, que nem um bebé, no ombro da minha fofa. Depois de ter sido acordado suavemente por ela, fomos para casa ver um filme na Fox.
Pois é, caros amigos! Neste Verão nem sequer se levou a cabo uma programação de cinema que captasse audiências: os documentários/filmes foram do mais aborrecido que se pode imaginar e, acredito, que só alguns dos espectadores puderam atingir o âmago de tais mensagens. Cheguei a perguntar-me: “Quem terá sido o iluminado que programou o cinema para as noites deste Verão?” Deve ser primo do Antonionni, do Manuel de Oliveira, do João César Monteiro, do Visconti ou do... Fellini. Tudo tipos que faziam pensar muito e gozar pouco. Pois eu acho que, com a experiência de programação que os serviços da autarquia possuem, estes têm a obrigação de trazer à cidade uma mão cheia de filmes que abrangesse mais público do que só aquele (e, mesmo assim, muito pouco) que gosta de cinema de elite.
Em relação aos outros acontecimentos, há mais cultura para além dos coros, das bandas e dos ranchos. É o que me transmitem os jovens com quem converso e que assumem rever-se, na sua grande maioria, noutro tipo de espectáculos e festivais, mais ao sabor das novas ondas musicais e, por que não, de outros géneros mais alternativos.
De regresso às aulas, muitos adolescentes vão certamente comentar os festivais, os concertos, os filmes exibidos num Centro Comercial longe de si, iniciativas levadas a efeito a alguns quilómetros de distância e às quais nem todos tiveram acesso. Ou, então, vão passar os intervalos a recordar o Festival de Lavre que foi, mais uma vez, a Honrosa Excepção.
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