Andou tudo a lixar-se para a crise nos primeiros dias do ano. Só pensavam era em neve, em desportos de Inverno, em escolas fechadas e na gaiatagem à solta nas ruas, entupidas por causa do tão desejado manto branco. Cá para mim, foi uma paranóia como outra qualquer. Deu para esquecer temporariamente a recessão mas, tal como fez o Governo de Sócrates, as promessas não passaram disso: “Ah, e tal, vai nevar! Amanhã, Montemor vai acordar todo branquinho.” Mas nada! Nadinha! Houve, sim, uma vaga de frio que assolou o país, com neve noutras paragens, e que veio provar, mais uma vez, o nosso grau de fragilidade perante alguns acontecimentos naturais sobre os quais não temos qualquer poder. Portugal está, portanto, à mercê de banqueiros corruptos, de alguns políticos sem escrúpulos e do buraco do ozono, uma trilogia que, bem conjugada, pode (e vai, decerto) afundar o resto que falta. E, contra isto, nada feito.
Amigas minhas (com alguma dificuldade em perceber que é preciso haver condições especiais e adequadas para a queda de neve, questão que eu fiz o favor de lhes explicar) foram colocar-se estrategicamente no alto da escadaria da Nossa Senhora da Visitação, armadas de esquis e trenós para que, assim que um tapete fofo e branco cobrisse a colina, pudessem lançar-se por ali, como se estivessem na Serra da Estrela. Pelintras é o que elas são. Depois iam dizer às amigas da Repartição:
“Fui à neve em Janeiro!”
“A sério? Foste para a Serra Nevada? Para os Alpes Suíços? Ou para a Serra da Estrela?”
“Não! Fui para a Colina da Nossa Senhora da Visitação, uma estância de Inverno que abriu recentemente, não muito longe daqui.”
Algumas, teimosas que nem uma carrada de lenha, ainda lá estão, por muito que os maridos lhes tenham dito que não vai nevar por cá. É caso para dizer: “Batem leve, levemente… muito mal da bola!”
Não, caros leitores, a minha fofa não fez, e nem fará, parte desse grupo de teimosas, arraçadas de esquimó.
Amigas minhas (com alguma dificuldade em perceber que é preciso haver condições especiais e adequadas para a queda de neve, questão que eu fiz o favor de lhes explicar) foram colocar-se estrategicamente no alto da escadaria da Nossa Senhora da Visitação, armadas de esquis e trenós para que, assim que um tapete fofo e branco cobrisse a colina, pudessem lançar-se por ali, como se estivessem na Serra da Estrela. Pelintras é o que elas são. Depois iam dizer às amigas da Repartição:
“Fui à neve em Janeiro!”
“A sério? Foste para a Serra Nevada? Para os Alpes Suíços? Ou para a Serra da Estrela?”
“Não! Fui para a Colina da Nossa Senhora da Visitação, uma estância de Inverno que abriu recentemente, não muito longe daqui.”
Algumas, teimosas que nem uma carrada de lenha, ainda lá estão, por muito que os maridos lhes tenham dito que não vai nevar por cá. É caso para dizer: “Batem leve, levemente… muito mal da bola!”
Não, caros leitores, a minha fofa não fez, e nem fará, parte desse grupo de teimosas, arraçadas de esquimó.
A Foto é do dia 29 de Janeiro de 2006, da autoria da minha amiga Maria Joana Caeiro. E poupem.
4 comentários:
Acabou-se a neve! Agora só dá Ronaldo...
:))))!!!
Sócrates & companhia, vão agradecendo estes estrepitosos "acontecimentos"...
beijocasssss
vovó Maria
É a bienal da neve a distrair-nos do que o Natal já não consegue.
Porra!!!
Eu até curto bués ver um pouquinho de neve nas pedras caídas do Castelo, mas com o frio que tenho rapado às seis da matina até me esqueci da cor da dita cuja...
Crise?? Qual crise?!
Enviar um comentário