Em Dezembro um semanário de distribuição nacional trazia, em manchete, que o Primeiro-Ministro iria ficar a “tomar conta” do ministério da educação. A ministra não seria afastada, mas a política ficaria sob a alçada directa de José Sócrates. O gabinete do PM desmentiu de imediato a notícia. E a notícia passou a valer pelo desmentido. Maria de Lurdes Rodrigues sobrevivia assim a duas manifestações nacionais com mais de 100 mil professores nas ruas, e a um conjunto de greves parciais e gerais de resultados que até o executivo classificaria de expressivos.
Ora sobreviver em silêncio, e esperando que todos nos esqueçamos da figura, garante essa sobrevivência artificial que permite afirmar que não houve despedimento formal. Há quanto tempo não aparece Maria de Lurdes Rodrigues em público? Afinal o desmentido da manchete carece, ele próprio, de um desmentido.
Uma das ideias fortes da moção de que José Sócrates é primeiro subscritor, e que será discutida no congresso de 27 de Fevereiro, é a generalização da educação obrigatória até ao décimo segundo ano. Na cerimónia de apresentação da moção estava muito mais do que meio governo, composto por socialistas mais à esquerda ou mais à direita, mas também por independentes. Nem nessa cerimónia, em que a educação ocupou plano de destaque, Maria de Lurdes Rodrigues apareceu. Por ser independente? Estavam lá ministros não filiados no PS e as áreas que representam nem sequer integram o lote das ideias fortes da moção do secretário-geral.
Maria de Lurdes Rodrigues sucumbiu. Paz à sua alma.
Pedro Coelho
Ora sobreviver em silêncio, e esperando que todos nos esqueçamos da figura, garante essa sobrevivência artificial que permite afirmar que não houve despedimento formal. Há quanto tempo não aparece Maria de Lurdes Rodrigues em público? Afinal o desmentido da manchete carece, ele próprio, de um desmentido.
Uma das ideias fortes da moção de que José Sócrates é primeiro subscritor, e que será discutida no congresso de 27 de Fevereiro, é a generalização da educação obrigatória até ao décimo segundo ano. Na cerimónia de apresentação da moção estava muito mais do que meio governo, composto por socialistas mais à esquerda ou mais à direita, mas também por independentes. Nem nessa cerimónia, em que a educação ocupou plano de destaque, Maria de Lurdes Rodrigues apareceu. Por ser independente? Estavam lá ministros não filiados no PS e as áreas que representam nem sequer integram o lote das ideias fortes da moção do secretário-geral.
Maria de Lurdes Rodrigues sucumbiu. Paz à sua alma.
Pedro Coelho
(Jornalista da SIC)
2 comentários:
amen!
beijocassss (já na santa terrinha)
vovó Maria
A paz também se conquista... e esta não a merece.
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