Depois de alguns anos de apatia, numa linha de comportamento assim do tipo “bate-me que eu deixo… e gosto”, o povinho acordou, ao verificar que estamos a chegar ao fundo, e desatou a chorar a sua preocupação em tudo quanto é sítio. Agora é que ele percebeu MESMO que os cortes, os apertos de cinto e a perda de regalias só o vão atingir a ele. Os que, a custo, ajudam na construção do país, com a sua força de trabalho, físico e intelectual, são os mais penalizados. Nunca se tinha imaginado que este paraíso à beira-mar plantado viesse a viver dias de verdadeiro inferno. Quem nos governa já não sabe o que fazer. Mas soube mentir – sim MENTIR. Há um ano, quando os jornalistas lhes perguntavam o que iria ser de nós, alguns políticos tiveram o descaramento de afirmar que a crise já tinha passado. E ainda ela não tinha chegado verdadeiramente.
Sabemos que a conjuntura global está uma miséria. Os países europeus da zona euro andam ao tio-ao-tio (a Alemanha está a safar-se, o que se torna, sob uma certa perspectiva, preocupante), mas são os políticos que devem ser responsabilizados pela situação. Não souberam, não perceberam, ou não quiseram perceber, o que aí vinha, não foram claros com o povo que os elegeu e acabaram por transformar o país num pântano de onde até os mosquitos se preparam para emigrar. Eles que não culpem apenas a conjuntura: foram anos e anos de bela vida, de enormes compadrios e comadrios, com gente do PSD e do PS bem amanhada com cargos e benesses, empregos para amigos e amigos de amigos, até não poderem mais. A isto acrescente-se as viagens, os banquetes, as visitas e uma trupe de gente a viajar, a comer e a luxar à sua e à minha custa. E é isto que custa. E é isto que eu não aceito.
4 comentários:
nem eu.
beijocassssss
vovómaria
Concordo em absoluto!
bjs
Fatinha
mas mesmo assim ainda há pessoas que continuam a não querer ver o estado de sítio em que o nosso país está mergulhado!
parabéns por mais este artigo, simples e incisivo!
Concordo Plenamente, e aqui fica dois estrofes dum poema feito por Adelaide Simões Rosa, de título a Mentira
Por vezes são mentes raras
Com grande inteligencia
Conseguem ter duas caras
Sem prever consequências.
A governar um País
Os mentirosos chegaram
A mentir o conseguiram
E a todos enganaram.
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