terça-feira, 3 de maio de 2011

Idiotas de gema

 
Passámos muitos anos com medo de Adamastores, da Igreja Católica, dos padres, dos professores primários, dos médicos, dos polícias, da GNR, dos chefes, dos directores, dos gerentes, dos capatazes. Há cinco séculos que, ingenuamente, sonhamos com um D. Sebastião que venha salvar o Reino. Somos mesmo estúpidos! Aprendemos, ao longo da nossa vida escolar, que a nossa História foi feita por reis e rainhas, ministros e presidentes do conselho. Nunca nos ensinaram que a História foi e é feita por nós, homens e mulheres, cidadãos comuns deste país. Nunca nos quiseram dar protagonismo. Fomos esquecidos, desprezados, minimizados. E aqui estamos nós, já habituados a ficar de fora das grandes decisões, à espera, pacificamente, resignadamente, do garrote que nos há-de sufocar.
Isto é ser-se Português de gema.
É o fado, dizemos nós com ar de idiotas.

4 comentários:

samuel disse...

...mas com belos "trinados" na voz.

Abraço.

Alfredo disse...

Carta do Zé ao FMI:

http://oprojectodoroberto.blogspot.com/2011/04/robertoleaks-carta-enderacada-ao-fmi.html?showComment=1304364262066#c6411157914298121777

Cuidado que está em bad english!!!

Algo inspirador disse...

http://www.youtube.com/watch?v=G_gmtO6JnRs&feature=youtu.be


Va' Pensiero



Va', pensiero, sull'ali dorate,

Voa, pensamento, com tuas asas douradas;

va', ti posa sui clivi, sui colli,

voa, pousa-te nas encostas e no topo das colinas,

ove olezzano tepide e molli

onde perfumam mornas e macias

l'aure dolci del suolo natal!

as brisas doces do solo natal!



Del Giordano le rive saluta,

Cumprimenta as margens do rio Jordão,

di Sïonne le torri atterrate...

as torres derrubadas de Jerusalém...

Oh mia patria sì bella e perduta!

Oh minha pátria tão bela e perdida!

Oh membranza sì cara e fatal!

Oh lembrança tão cara e fatal!



Arpa d'or dei fatidici vati,

Harpa dourada dos grandes poetas,

perché muta dal salice pendi?

porque estás agora muda?

Le memorie nel petto raccendi,

Reacendas as memórias no nosso peito,

ci favella del tempo che fu!

fala-nos do bom tempo que foi!



O simìle di Sòlima ai fati,

Como Sòlima fez com o destino

traggi un suono di crudo lamento,

traduz em música o nosso sofrimento,

o t'ispiri il Signore un concento

deixa-te inspirar pelo Senhor

che ne infonda al patire virtù!

para que a nossa dor se torne virtude!

kalikera disse...

Não é com ar, João, é mesmo.

Distraídos crónicos...


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