domingo, 21 de outubro de 2012

Um abraço, Manel!


 
 
Sem querer transformar este Cloreto num Panteão Local, não posso deixar de recordar Manuel Justino Ferreira, que desapareceu fisicamente do nosso convívio há dez anos. Porém, continua vivo o poeta, o músico, o encenador, o actor, o inventor de histórias, o contador de anedotas, o acompanhador de fado, o homem da noite e dos amigos e um louca e eternamente apaixonado pela Torre do Relógio. Também ele marcou gerações, instituições e colectividades com o seu inesquecível talento e jeito peculiar de ser e de estar.
O Manuel Justino nunca foi um homem de teres e haveres. Foi sempre o homem das palavras escritas, das palavras ditas e, quantas vezes, das palavras malditas. Foram essas as que mais me cativaram.
Um abraço cheio de saudade.
P.S.: Nestes dez anos, nos encontros com o teu filho Manuel Henrique, com o Leopoldo Gomes ou com o Manuel Filipe Vieira, o teu nome vem sempre à baila, por este ou por aquele motivo, ou só porque sim, porque temos saudades dos teus momentos de grande humor e da escrita tão terna quanto provocadora. Desculpa tratar-te por tu, mas sinto-me assim mais próximo da tua poesia e do espaço onde agora habitas. O pessoal também te manda um abraço fraterno.

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Distraídos crónicos...


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