O Museu Salazar, em Santa Comba Dão, vai mesmo avançar. Acho muito bem. Se uma democracia adulta não teme o Partido Nacionalista, que está vivo, muito menos deve temer quem está morto. E as gerações vindouras deverão saber por que damos o nome de salazarentas a certas atitudes de alguns governantes e de um ou outro director-geral. Mais do que isso, é importante para os mais jovens ficarem a conhecer quem geriu este país como se fosse uma quintarola, onde vivia meia-dúzia de caseiros sem opinião e onde se prendia os que tentavam tê-la. Ficará, desta forma, mais claro entender esta dificuldade congénita em partirmos rumo à modernidade.
Não há que ter medo. Quarenta e oito anos desse sentimento foram mais do que suficientes. Seremos contra, apenas se o Museu não cumprir os objectivos de um espaço do género: mostrar objectivamente as verdades. As boas e as más. Doa a quem doer. Numa altura em que, no país e na Europa, se começam a branquear ou a esconder da opinião pública os actos criminosos de grande facínoras da nossa História, julgo que o Museu Salazar vem mesmo em boa altura.
E que os organizadores não se esqueçam da CADEIRA, uma das grandes heroínas da nossa História recente.
5 comentários:
De acordo... mas parece-me bem que um museu objectivo, sobre as realidades todas do Estado Novo, a Economia de mercearia, a "neutralidae" cobarde, pretensamente espertalhona, de sermos "aliados" dos Ingleses, mas ajudando Hitler à sucapa, a censura, a repressão, as prisões, etc, etc, etc... não deve ser bem a ideia dos organizadores. :)
Abraço
O problema é que nem a CADEIRA nem o resto será colocado por lá, no museu, nem mostrado.
Aliás, o museu, a ser instalado, vai enaltecer a "obra" do "mestre" e lá irão em romaria os que... sabemos bem quem...
O homem ainda vai tere estátuas por aí, como o "salvador da pátria". Felizmente não pode ressuscitar, mas deixou cá bons discípulos...
Gostei do blogue. Irei voltando...
Caros Samuel e Maria:
É isso que me preocupa e que, julgo, deixei transparecer no texto. Mas é AÍ que teremos uma palavra (ou muitas) a dizer.
Um abraço aos dois e obrigado, Maria, pela primeira visita. O Samuel é da casa.
pois! estou de acordo com vocês 3.
abreijos
vovó Maria
Por concordar com os 4 comentários postados antes é que sou e sempre fui contra o Museu salazar
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