Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
domingo, 26 de abril de 2009
Depois da Revolução, tempo para o Amor
Maria Bethania & Caetano Veloso
Eu Sei Que Vou Te Amar (Vinícius + Jobim)
sábado, 25 de abril de 2009
25 de Abril

Há polícia secreta? Há. Há polícia de choque? Há. Há escutas telefónicas? Há. Há corrupção? Há. Há os muito ricos e os muito pobres? Há. Há os ricos a lixarem os pobres? Há. Há perda de regalias dos trabalhadores em todos os sectores da sociedade? Há. Há despedimentos, apesar dos lucros das empresas? Há. Há corruptos em lugares de poder? Há. Há gente a encher-se de dinheiro à conta do nosso trabalho e dos nossos impostos? Há. Há censura? Há. Há políticos das minorias que não recebem a mínima consideração do partido do poder? Há. Portugal tem ligações com regimes ditatoriais? Tem. Os soldados portugueses são enviados para guerras de onde podem regressar mortos ou estropiados? Sim. A justiça portuguesa funciona cada vez pior? Sim. Há portugueses a partir em força para as ex-colónias? Há. Há criminosos à solta? Há. Há inocentes em prisão preventiva? Há. Há pressões para que a justiça não leve a tribunal os poderosos deste quintal cada vez mais mal frequentado? Oh, se há! O Senhor presidente do Conselho admite ser contrariado? Não. O Senhor Presidente da República encontra razões para o demitir? Obviamente que não.
Hoje, tal como há 35 anos, os militares teriam motivos suficientes para uma revolução. Não sei do que estão à espera. “Ah! E não usem cravos desta vez!”, lembrou-se a minha fofa de dizer, quando ouviu o meu desabafo. “Parece que a coisa não vai lá com poesia.” E rematou com um suspiro: “E também já não há Salgueiros Maias como antigamente!”. E saiu para pintar os cabelos de um vermelho vivo, obra a executar pela Rosária, com orçamento e tudo não vá o Tribunal de Contas tecê-las, num cabeleireiro ali para a Rua de Avis. Eu ainda estou mudo, entre o espantado e o… ciumento.
sexta-feira, 24 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009
...E que tal, um concerto na sua sala de estar?

Encontra-se a decorrer em Montemor-o-Novo o Ciclo da Primavera, uma organização da Câmara Municipal e que conta com a colaboração de inúmeras associações do Concelho. Assisti a algumas dessas manifestações culturais, a sua maioria com artistas locais. Apesar da promoção e da insistente divulgação através dos órgãos oficiais da autarquia, verifiquei que nem sempre os espectadores acorrem aos eventos em número aceitável. Não sei se é por a oferta ser grande e variada, se é uma grande ciguêra pelas novelas da TVI, se é por falta de tempo, se é por estar frio, se é por estar calor ou se é mesmo por falta de apetite cultural. Mas que é uma tristeza, lá isso é. Conheço algumas gaivotas que se mudavam para a cozinha se houvesse um concerto de qualidade na sua sala de estar.
domingo, 19 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009

Discussões de baixo nível, falta de formação e de capacidade de oratória, mentiras em catadupa, ofensas pessoais, ajustes de contas, críticas pueris, grandes sestas, manguitos a torto e a direito para o povo que os elegeu. Sim, estou a pensar nos deputados da Assembleia da República, local outrora exemplo de cumprimento, de diplomacia e do exercício do poder democrático na sua mais pura essência. Sim, estou a pensar nos deputados da nação que podem, a partir de agora, fazer impunemente o que lhe der na real gana.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Um absurdo ex-absurdo

Os sociólogos e os economistas falam de uma nova classe que a crise fez surgir. Os novos pobres, ex-remediados. O desemprego começa a levar centenas de famílias a ficarem sem possibilidade de alimentar os filhos e de pagar os seus encargos aos bancos, sujeitas por isso a serem desalojadas. Se não houver gente de família disponível para dar apoio, não se sabe para onde irão… ou o que farão. A história tem-nos dito que em tempos de grave crise não sobra apenas para os que estão na base da pirâmide. Sobra para todos: para os que perdem o emprego e para os que o continuam a manter. Qualquer pai, em estado de desespero, não hesita em contrariar as leis para dar de comer aos filhos. As leis dos homens e as leis morais.
A continuar este estado de coisas, ninguém escapará às consequências destes tempos inquietantes. Os que dizem que nos governam espalham aos quatro ventos que é preciso aproveitar a crise para dar um novo impulso à economia. Mas um impulso com o quê? Com os escândalos que eles muitas vezes protagonizam? Com a tentativa de abafar o caso Freeport? Com a dita democrata distribuição do computador não-sei-quantos? Com os tachos, amiguismos e compadrios governamentais?
Portugal não é um país. É um absurdo. Um ex-absurdo fascista transformado em absurdo socialista em rápida ascensão.
A continuar este estado de coisas, ninguém escapará às consequências destes tempos inquietantes. Os que dizem que nos governam espalham aos quatro ventos que é preciso aproveitar a crise para dar um novo impulso à economia. Mas um impulso com o quê? Com os escândalos que eles muitas vezes protagonizam? Com a tentativa de abafar o caso Freeport? Com a dita democrata distribuição do computador não-sei-quantos? Com os tachos, amiguismos e compadrios governamentais?
Portugal não é um país. É um absurdo. Um ex-absurdo fascista transformado em absurdo socialista em rápida ascensão.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Maquilhagem

Os soldados portugueses do sexo masculino estão proibidos de usar maquilhagem. Primeiro, não sabia que os soldados portugueses do sexo masculino usavam maquilhagem. Segundo, não sabia que o Estado se interessava desta forma tão profunda pela maquilhagem dos soldados portugueses, a ponto de promulgar uma lei sobre a questão. Pergunto-me porquê? As indecisões dos jovens mancebos sobre os tons das sombras, sobre a marca do rimel ou a cor dos batons atrasam o início dos exercícios militares? Serei eu que estou a ficar estúpido? Ou é o país que se tornou num absurdo?
(Na foto, o primeiro sargento Arruda a preparar-se para mais uma semana de campo com o seu pelotão.)
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Resurrexit
Para depois de amanhã, Domingo, prevê-se mais uma Ressurreição com sucesso! Boas Festas para todos!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Tenham vergonha!
"7-A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá porém ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana."
(In Diário da República, 1.ª Série - n.º 60, de 26 de Março de 2009)
segunda-feira, 6 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
"Fica! Fica!"

(Ignorem, por obséquio, o post anterior)
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