quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um absurdo ex-absurdo

Os sociólogos e os economistas falam de uma nova classe que a crise fez surgir. Os novos pobres, ex-remediados. O desemprego começa a levar centenas de famílias a ficarem sem possibilidade de alimentar os filhos e de pagar os seus encargos aos bancos, sujeitas por isso a serem desalojadas. Se não houver gente de família disponível para dar apoio, não se sabe para onde irão… ou o que farão. A história tem-nos dito que em tempos de grave crise não sobra apenas para os que estão na base da pirâmide. Sobra para todos: para os que perdem o emprego e para os que o continuam a manter. Qualquer pai, em estado de desespero, não hesita em contrariar as leis para dar de comer aos filhos. As leis dos homens e as leis morais.
A continuar este estado de coisas, ninguém escapará às consequências destes tempos inquietantes. Os que dizem que nos governam espalham aos quatro ventos que é preciso aproveitar a crise para dar um novo impulso à economia. Mas um impulso com o quê? Com os escândalos que eles muitas vezes protagonizam? Com a tentativa de abafar o caso Freeport? Com a dita democrata distribuição do computador não-sei-quantos? Com os tachos, amiguismos e compadrios governamentais?
Portugal não é um país. É um absurdo. Um ex-absurdo fascista transformado em absurdo socialista em rápida ascensão.

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Distraídos crónicos...


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