Criou-se uma campanha de solidariedade para recolha fundos de apoio ao assassino confesso do cronista social Carlos Castro. Serei incapaz de doar um cêntimo. Celebrou-se em Nova Iorque uma missa de sufrágio pela alma da vítima. Celebrou-se em Cantanhede uma missa de apoio a Renato Seabra. Fiquei curioso em relação a quem Deus irá escutar. Do espectáculo degradante e desnecessário que foi o lançamento das cinzas de Castro num respiradouro do metro de Nova Iorque, desse já ninguém nos livra. A poesia do gesto transformou-se num acto grotesco e insensível. Os meios de comunicação social conseguiram envenenar a opinião pública e Seabra é quase inocente antes do julgamento. De Castro, mostrou-se os amigos na missa de 30.º dia e não se ouviu falar mais, nem da família, que deve estar a passar por momentos de enorme sofrimento. Será isto a efemeridade da fama de que tantos actores falam mas da qual não abdicam? Ou Castro era de tal forma malquisto que merece mergulhar para sempre no fogo eterno do esquecimento?
Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
sábado, 19 de fevereiro de 2011
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1 comentário:
Sinceramente, não se percebe a atitude das pessoas em relação a este caso. Há com cada situação mais ridícula... Uma pessoa mata outra, confessa e em vez de quererem que seja castigado, tenta-se fazer o impossível para o safar. O assassinado provavelmente devia ser um grandessíssimo FDP que se aproveitava de jovens com sonhos de ascenderem na carreira (por isso é que teve aquele tratamento), que por sua vez se aproveitavam dele, e agora deve estar em vias de ser beatificado! Para além da história de despejar as cinzas na grelha do metro, situação mais ridícula é o grupo de amigos do assassinado quererem convencer a Câmara de Lisboa a darem o nome dele a uma rua. Não é suposto isso acontecer apenas a pessoas que se distinguiram por terem feitos actos notáveis? O que é que aquele homem fez? Escreveu sobre as festas daqueles que não têm um chavo no bolso mas que se vestem como se fossem os imperadores da galáxia e vivem do ar que respiram para caberem nos nossos ecrãs de TV? Se isto era um jornalista notável então o que dizer de quem realmente o era? Um tal de "Carlos Filinto Botelho" já merecia uma avenida com o nome dele!
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