Na minha adolescência andava sempre fugido com as namoradas pelos vãos de escadas, em ruas mais solitárias, em curtições nervosas, com medo de sermos apanhados pelos pais, pelas mães, pelas avós que rezavam o terço e nunca cortavam o buço.
Hoje, em casa, com todos os actos reconhecidos pela Família de Ambos, pela Santa Madre Igreja e pelo Registo Civil, eu e a minha Epifânia andamos sempre a fugir dos nossos três filhos, que têm sempre algo importante para conversar connosco exactamente no momento em que não devem.
Quando, um dia, casados eles e solitários nós, ocuparmos descansadamente o nosso espaço, duvido que tenhamos genica para recuperar o tempo perdido.
Deprimente!
1 comentário:
Com os teus seios
de anjo
sob as asas
A tomares conta
da memória
[Maria Teresa Horta]
Enviar um comentário