quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Até breve!


Li o romance O Prenúncio das Águas em 2003, partindo para a leitura como nunca se deve partir para a leitura de um romance: a tentar adivinhar o que por lá se iria passar. E, ainda por cima, da Rosa Lobato de Faria, só poderia ser uma história de tias, superficial, banal e sem interesse. Arrependi-me, envergonhado, lidas as três primeiras linhas. Rosa Lobato de Faria era uma Escritora.
Em 2009, tive o privilégio de ver uma das minhas histórias incluída numa colectânea onde foi também publicado O Rio, um conto da sua autoria, rico e profundo na simplicidade que só os grandes autores sabem ter.  Hoje, a nossa união (involuntária é certo) naquele livro da Editorial Tágide tornou-se, infelizmente, ainda mais preciosa. 

Adenda: Celina V. de Oliveira, responsável pela Editorial Tágide, acredita que O RIO terá sido a última história escrita por RLF. O privilégio deste encontro literário ficou desta forma aumentado.
 
 
 
 
 

6 comentários:

samuel disse...

Muito bonito!

Abraço.

lolita disse...

A cultura Portuguesa ficou mais pobre. Pois Rosa Lobato Faria, era um dos exemplos mais marcantes da nossa cultura. Uma artista por excelência e uma mulher única. E nunca será um Adeus, pois ela está viva nos seus poemas, nos seus romances e no seu trabalho como actriz. E tal como o amigo diz, " Até Breve" Rosa.

Um abraço Ava.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

João luís, como está? Li o seu texto sobre Rosa Lobato de Faria, muito lindo!

O comentário anterior era igual a este, só que com uma "gralha" a mais.


O conto «O rio» deve ter sido muito provavelmente o último texto que saiu da pena de RLF. Foi dos últimos que nos chegaram, porque ela caíra e partira uma perna, salvo erro. E depois foi o fim.
Um abraço.
Celina Veiga de Oliveira (Editorial Tágide)

Anónimo disse...

Tenho 9 livros da Rosa Lobato de Faria. Confesso que quando adquiri o primeiro (salvo erro "O Pranto de Lúcifer") também tinha os mesmos receios. No entanto, reconheci logo nela uma extraordinária contadora de histórias e, a partir daí, fiquei leitor fiel. E nunca me desiludiu nas obras seguintes.
Lamento o seu desaparecimento.
Um abraço.
M.F.

AMS disse...

Entro no grupo dos que agora, com alguma vergonha, confessam que partiram para a leitura dos seus textos com ideias preconcebidas. Também comecei pelo "Prenúncio das Águas" e também me rendi. Por isso também fica aqui a minha homenagem à escritora e o meu obrigada pelo seu grande contributo para a cultura portuguesa.
AMS

Distraídos crónicos...


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