Num Portugal desconjuntado e atirado para a valeta pelos anos
difíceis da I República, foi fácil concretizar o golpe de 28 de Maio de 1926,
que viria a dar origem ao Estado Novo, em 1933. Para resolver a grave crise
social e financeira de então, o presidente da república eleito, em 1928, em
lista única (que absurdo), General Óscar Carmona, chamou Oliveira Salazar para
a pasta das Finanças. O professor de Coimbra não perdeu tempo e lançou sobre os
portugueses uma austeridade sem precedentes, com uma redução das contas
públicas e um “colossal” aumento de impostos. De salvador da pátria a ditador
insensível, controlador e intransigente, foi um pequeno passo, o primeiro, contudo,
de uma longa caminhada de censura, tortura, cultivo da ignorância e controlo
total da vida dos portugueses, que viria a terminar a 25 de Abril de 1974.
O Governo de Salvação Nacional, solicitado por Cavaco Silva
no passo dia 10, rima de forma terrível com a União Nacional de triste memória
Se a coisa ficasse apenas por esta questão “(in)estética”, nada de grave me
ocorreria. O meu receio é que os acontecimentos se repitam. E, por aquilo que
tenho lido, ouvido e aprendido com quem sabe destas coisas, a História tende
mesmo a repetir-se, ainda que noutras circunstâncias e
contextos. É isso que me assusta. E o pior é que, quando os portugueses derem
por tal, será tarde de mais.
Ah! É verdade! Iznogoud é um nome formado a partir da
expressão inglesa “is no good”, - não presta para nada, em português de
Portugal.
1 comentário:
Se assim for...vá aproveitando enquanto pode escrever no blog á vontade...não vá o diabo tecê-las e o "lápis Azul" seja novamente "afiado"...
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