segunda-feira, 29 de junho de 2009

BLOGUE BRANCO (Hoje escrevem vocês!)


15 comentários:

Anónimo disse...

A Flor

Pede-se a uma criança:
Desenha uma flor!
Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase que não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era de mais.
Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: uma flor!
As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!
Contudo, a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!
(A INVENÇÃO DO DIA CLARO - Almada Negreiros)

M@estro

x b g t u i p o r f d s a a z c v b f t r v b f g h j k ç l o m n b v c x z s d f g h j k l o p i u y t r e w q a s d f g h j k l ç m n b v c x z c v b c v d s e w q x v x c v b g f d e r f t y u i o p m n b v f g h j k l o i u y t g b z
x c d f r m z

É tudo quanto hoje me apetece escrever no teu blog.

Fora dos seus lugares, eis algumas das letras, ou todas, com se faz um poema ou se constrói um discurso.

Pode não parecer, mas são estas as letras com que se escreve a estupefacção, o lamento, o desencanto e a raiva pela forma leviana e impune com que os tipos que têm mandado neste país nos têm desrespeitado; não lhes chamo políticos, porque a verdadeira política é uma função nobre e de filantropia, contrastante com a “roubalheira” que eles próprios reconhecem.

Elas estão aqui, algumas, ou todas, as letras; cada um dos teus leitores que as escolha e que construa o seu próprio discurso, que com elas lance o seu próprio grito de indignação, ou, simplesmente, que escreva o um lindo poema de amor e de paz.

(E digam-me lá que o Almada Negreiros não é um génio!)

@braços e DIAS TRANQUILOS!

Cloreto de Sódio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cloreto de Sódio disse...

Obrig@do pelo teu texto e por teres invocando Almada, esse português-artista multifacetado.
Que os teus dias tembém sejam de tranquilidade. Abraço.

Unknown disse...

...Penso por vezes que " PARAÍSO " seria o Planeta Terra antes da chegada dos humanos...Esta reflexao reforça-se, pq acabei de ler EDUARDO P. COELHO, no seu " testamento "...Nao estará em nós ( qd chegados à condiçao de adultos ) muito do " MAL " de que nos queixamos ? Assalta-me a dúvida se devo postar ...Fica, para pensarmos sobre !
Abraço
Bexiga

Anónimo disse...

Que enorme prazer voltar a"sentir" a Flor , um dos meus textos preferidos... e vindo desses campos líricos alentejanos, é a surpresa esperada! O Almada e eu estamos-te agradecidos, nesta tarde de riscos vazios e palavras convencionais...(estou a ver portefólios)
Obrigada
Ana Graça

Cloreto de Sódio disse...

Por vezes encontram-se flores nos portefólios... Bjs, Ana!

Cloreto de Sódio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cloreto de Sódio disse...

O Homem conhece a diferença entre o Bem e o Mal. Contudo a atracção pelo Mal é tão irracional como impossível de travar. O Mal dará mais prazer do que o Bem. Ou não? Abraço, Bexiga!

Calceteiro Celeste disse...

MARGENS DO TEXTO
1. Este texto tem o seu principal valor poético na 'ingenuidade' da sua linguagem. És capaz de indicar os aspectos do texto que mais contribuen para essa impressão de 'ingenuidade'?
2. Como nos descreve este texto a criação em pintura? Poderás considerar aqui o problema do 'realismo', isto é, da arte considerada como modo de reprodução do real?
3. Qual a oposição que no poema se estabelece entre a criança e "as pessoas"?
4. Observa: "a palavra flor andou por dentro da criança da cabeça para o coração e do coração para a cabeça". Que pretende o poeta dizer com este 'vai-vém'?

Cloreto de Sódio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Mr Cloreto a-t-il été censuré, serait-il en panne d'inspiration ou déjà en vacances?
N'ayant pas son talent littéraire de chroniqueur / billetiste, je ne me risquerai pas à noircir sa page blanche de ma pauvre prose.

Voici par contre un lien qui te mènera vers un petit bijou musical du compositeur Jackson Hill, interprété par les King's singers.....avant sa création en Béarn par l'Ensemble de musique contemporaine dont je fais modestement partie.
http://ensemblemusicalcontemporain.fr/emc_2009/Hill-Remembered_Love.mp3
Si la pièce t'intéresse, je me ferai un plaisir de t'envoyer la partition.

Amitiés. Hélène

Cloreto de Sódio disse...

Não foi censura, cara Amiga! Foi mesmo preguiça!!
Um abraço.

Cloreto de Sódio disse...

É a magia da literatura, o que ela revela e, sobretudo, o que ela esconde que nos faz mover por entre os livros. Obrigado, Calceteiro Celeste. Aproveitarei estas tuas propostas de exploração para uma sessão de poesia num destes serões. Abraço.

Mad Hattress disse...

写!我最爱写。。。但是 我不知道什么写。如果我会写诗我不是作家。我的诗没有意思。对不起,这个些字还没有意思。


"花"很有意思。

Cloreto de Sódio disse...

谢谢!!

Distraídos crónicos...


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