As obras de beneficiação da Igreja da Senhora da Luz, ou Igreja do Hospital, como é conhecida, revelaram a legítima preocupação por parte da entidade promotora da obra em facilitar a acessibilidade ao espaço da igreja a todos os cidadãos portadores, ou não, de deficiência.
Era um facto que muita gente com dificuldade de locomoção, fosse por deficiência, fosse pelo peso da idade, não tinha possibilidade de assistir às cerimónias fúnebres de amigos e familiares. A rampa e a escada lateral recém-construídas vieram acabar com essa descriminação e SIM, ao contrário do que muitos saudáveis afirmam, era mesmo uma obra urgente e necessária. Os saudáveis de hoje podem ser os portadores de deficiência de amanhã.
No entanto, as boas intenções que, afinal, vêm tão simplesmente dar cumprimento ao que está legislado, poderiam ter sido concretizadas sem a parede de betão que, inesteticamente, vem obstruir parte da fachada frontal do monumento. Não teria sido uma opção mais estética a aplicação de uma estrutura em ferro, tal como existe ali ao virar da esquina, na entrada principal do Hospital de Santo André? Ou essa proposta foi colocada pelos responsáveis e rejeitada pelo IGESPAR, Instituto que gere essas questões? Se o foi não sei.
Claro que o acesso à igreja foi o principal e único objectivo da obra, e isso foi conseguido. Quanto ao resto…