Quando a minha escola nova estiver pronta, gostava de ter, no Gabinete do Departamento de Línguas, o velho sofá que me ajudou, não poucas vezes, na procura da inspiração certa para a turma certa, bem como a grandes momentos de reflexão. Sobretudo, naquela primeira meia-hora a seguir ao almoço. Sei que é pedir muito, mas peço na mesma. O mais que pode acontecer é ouvir um "não". (Esqueci-me de referir esses momentos no meu relatório de auto-avaliação. Agora já não vou a tempo.)
Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
terça-feira, 25 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
A vida tem destas coisas...
AMADEUS: Tenho uma pena de não poder ir logo à tarde ao Concerto do Coral de São Domingos!!! Ainda por cima, com o João Macedo na guitarra clássica!! Não mereço uma coisa destas!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
A Oeste nada de novo… por enquanto!
Os portugueses têm a fama de encararem as situações críticas com muita calma, assim do tipo “a gente logo vê o que há-de fazer quando for altura”. Pois eu acho que esse laissez-faire laissez passer, com que nos querem caracterizar, não corresponde, de forma alguma, à verdade. Afonso Henriques foi a primeira prova disso mesmo, transformando-se, com mais ou menos lenda, no primeiro protagonista de uma viragem na História deste território onde hoje vivemos. Depois, ao longo da nossa História, houve outros que lideraram o povo quando este, em momentos de enorme sofrimento, em situações de profundo desrespeito pela sua integridade como pessoas e como nação, sentia que já não podia mais. Depois, houve Abril, a derradeira prova, que me lembre, de que, em situações extremas, há sempre uma solução para dar volta a questões complicadas.
Há uns tempos a esta parte, Portugal e a Grécia têm andado nas bocas do mundo pelos motivos financeiramente mais terríveis. Os gregos vão para as ruas e fazem aquilo que as televisões têm mostrado. Os portugueses, fazendo jus à sua fama (com a qual eu não concordo), ficam em casa, de pantufas, nas calmas, a ver onde param as modas. E por cima deles passaram, nesta última década, Guterres e Barroso, Santana Lopes, Sócrates e Passos Coelho, para não falar de dois inócuos presidentes da república que levaram os seus mandatos a fazer discursos com base no nhã-nhã-nhã, nhã-nhã-nhã, e tal e mánasêquê. E eles, nós, os portugueses, sem tugir nem mugir, chupados até ao tutano.
As estratégias governamentais para reduzir as despesas e para cumprir o combinado com os troikos estão a asfixiar a classe média e a estrangular definitivamente os grupos sociais com menos recursos. Os cortes constantes nos salários, o aumentos do IVA, o aumento de outros imposto só podem levar muitos portugueses à ruptura financeira. Neste grupo não estão, naturalmente, muitos governantes e ex-governantes (como está senhor Vara? Como vai senhor Pina Moura? E o senhor, como se encontra, senhor Dias Loureiro?) que olham o futuro pessoal sempre com muito optimismo.
A Oeste nada de novo. Por enquanto. Não sei o que poderá acontecer, quando quisermos pôr pão na mesa e os nossos governantes não nos permitirem esse gesto tão natural como necessário.
Eu digo que não sei… mas sei. E o meu caro e paciente leitor também sabe.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O bicho da madeira
Quando, nos últimos dias de campanha, Jardim apareceu na televisão, tentando manter o habitual à-vontade, um certo ar de capataz, de quem manda em tudo e em todos, fiquei com a sensação de estar a ver um político nos derradeiros dias do seu consulado. Se o Império Romano implodiu, aquela pequena ilha está, indubitavelmente, sujeita ao mesmo. É a História que o diz.
Algum colunista, que não eu, virá ainda falar numa tal cadeira que se partiu no momento certo, vítima de um tal bicho da… madeira.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
"púcaros que nunca são velhos"
Do texto de apresentação retirámos este excerto ilucidativo do interesse da iniciativa e também para aguçar o apetite dos interessados por estas temáticas ligadas à arqueologia local:
"É conhecida a presença de um oleiro, em 1387, habitante da vila intra-muros, podendo, no entanto, especular-se se possuiria a sua oficina no mesmo local da sua habitação ou não. No entanto, por norma, os mestres de olaria estabeleciam a sua actividade industrial junto das periferias dos centros urbanos devido à poluição que produziam durante o processo de cozedura das peças cerâmicas. Dessa forma, sabe-se que, durante o século XVI e posteriores, os oleiros estabeleciam as suas oficinas no arrabalde, mais especificamente na Rua dos Oleiros, actual Rua de Santo António, e na sua contígua - Rua do Pedrão.
Sabe-se que o barro era extraído de algumas zonas específicas, particularmente e de entre outras, da encosta da vila intra-muros (extracção essa que a Câmara viria a proibir em 1657, com direito a multa de 1.000 reis), assim como do Rossio.
A importância que Montemor-o-Novo adquiriu como centro de produção oleira viria a resultar numa classe oleira com um significativo poder económico dentro da localidade, manifestando-se na posse de propriedades rústicas e urbanas. Este poderio financeiro originaria verdadeiras “dinastias de oleiros” em Montemor que, como refere Jorge Fonseca, é exemplo a família Álvares e/ou Alves, com referências documentais que a ligam, através de cerca de duas centenas e meia de anos, ao ramo da olaria (....).
As peças em Exposição
Ao longo dos anos, em Montemor-o-Novo, as escavações arqueológicas desenvolvidas na antiga vila intra-muros, assim como fora do recinto amuralhado, mais precisamente no Convento de São João de Deus, têm vindo a revelar alguns exemplares desta antiga técnica oleira montemorense.
(...) Particularmente, o acervo aqui em exposição é todo pertencente a campanhas arqueológicas do Castelo de Montemor-o-Novo referentes aos anos de 2005, 2007 e 2009. A campanha mais profícua em cerâmica de produção local foi a de 2009, mais concretamente o espólio resultante de um silo cujos materiais se situavam cronologicamente entre o século XIV e XV. São daí resultantes, das peças em exposição, o jarro, e os dois cântaros pequenos identificados com os n.º de inventário: MNCAST [7/09] 0117; MNCAST [7/09] 0118; e MNCAST [7/09] 0119. (...)"
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