Esta espécie de blogue está prestes a receber o 6.000.º visitante. Quanto esse momento acontecer, encerro para umas loooongas férias. Quem é amigo, quem é? Não agradeçam.
Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
terça-feira, 31 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Demita-me, Senhor Presidente, por FAVOR!!
"Oh, Senhor Primeiro-ministro, aguente lá mais uns mezitos. Não tenho quem o substitua!"
sexta-feira, 27 de março de 2009
Desculpem, não tenho soluções
Por: Mário Crespo
in: http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
(Jornalista)
in: http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
Ouvir dizer ao mais alto nível do Estado que não há soluções para o horror do desemprego é ouvir dizer que o Estado faliu. Meia centena de trabalhadores despedidos de fábricas em Barcelos e Esposende tiveram essa experiência de anticidadania. Numa visita, o presidente da República foi confrontado com um grupo de desempregados que empunhavam cartazes pedindo ajuda. Foi ter com eles e disse-lhes que não tinha nenhuma solução para os seus problemas.Para um chefe de Estado é proibido dizer isso aos seus concidadãos e depois embarcar num carro alemão de alto luxo e cilindrada, acenando, apoquentado, aos que nada têm.É isso que faz querer que os ricos paguem as crises.Só se é chefe de um Estado para trabalhar na busca de soluções e encontrá-las. Sem isso não se é nada. Ser presidente em Portugal não é um cargo ritual. O presidente tem nas mãos ferramentas poderosas para influenciar o destino do país. Pode nomear e demitir governos, chamar agentes executivos e executores, falar aos deputados sempre que quiser, reunir conselheiros, motivar empresários, admoestar ministros e deve, sobretudo, exigir resultados. Ser chefe de Estado em Portugal inclui poderes executivos, e como tal, ter responsabilidades de executivo. Ao dizer que não tem soluções para as vítimas do descalabro que há três décadas estava em gestação no país onde ocupou os mais elevados cargos, o presidente da República dá à Nação a mensagem de que nem ao mais alto nível há o sentido da responsabilidade nem a cultura de responsabilização.Ao dizer aos desempregados de Barcelos que nada pode fazer, o presidente diz a todo o Portugal que o Estado e o seu sistema não são mais do que um imenso círculo de actores autodesresponsabilizados que vão passando a batata-quente de uns para os outros. Depois destas declarações aos desempregados, o célebre letreiro "The Buck Stops Here", que Roosevelt tinha na sua secretária, não tem lugar na mesa de trabalho do presidente português. Com esse letreiro, que equivale a dizer que a batata-quente não passa daqui, Roosevelt lançou as bases da maior economia do Mundo das cinzas da grande depressão. Em Portugal, na maior depressão de sempre, o presidente diz que não tem soluções. Devia tê-las. Aníbal Cavaco Silva desde Sá Carneiro que participa no Governo. Dirigiu executivos durante a década em que Portugal teve a oportunidade histórica de ter todo o dinheiro do Mundo para se transformar num país viável. Mesmo com a viabilidade da economia questionada, Cavaco Silva, como profissional que é, regressa à política com uma longa e feroz luta pela presidência da República. Assumiu-se como a "boa moeda" que conseguiria resistir às investidas das "más moedas", na sua cruel pedagogia da Lei de Gresham, que foi determinante para aniquilar um governo do seu próprio partido e dar-lhe a chefia do Estado.É um homem de acção impiedosa e firme, quando a quer ter.Se o pronunciamento que fez de não ter soluções para esta crise foi uma tentativa de culpabilizar só o Governo, então foi de um insuportável, mas característico, tacticismo. Se foi sincero, então foi vergado pelo remorso, e anunciou que a sua longa carreira de político e de homem público chegou ao fim.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Discriminação positiva
Por: Pedro Coelho
(Jornalista)
A expressão discriminação positiva provoca-me sempre uma enorme reserva. A contradição de termos que encerra aproxima-a do paradoxo, tornando-a, literalmente, inviável. Contudo, a directora geral de educação do norte, Margarida Moreira, usou-a para caracterizar o “excelente trabalho” efectuado numa escola de Barqueiros, concelho de Barcelos.
Convém recordar que a directora regional de educação do norte, já antes tinha oferecido, de bandeja, aos jornalistas outros momentos de estreiteza técnica e política. Mas como a senhora não é uma técnica, desculpemos-lhe a falha política.
Neste caso concreto, a classificação de Margarida Moreira foi prontamente atenuada pelo secretário de Estado Valter Lemos, ao reconhecer que os 17 alunos de etnia cigana, separados dos restantes alunos e colocados num pré-fabricado no recreio, precisavam de outro tipo de enquadramento, incluindo a criação de um grupo de acompanhamento que ajudasse a melhorar a excelência apregoada, na véspera, pela directora regional.
Mas a questão essencial não está nas palavras da técnica do ministério de educação, nem nas medidas que o executivo pretende tomar em benefício destas 17 crianças. A questão essencial é, de facto, o princípio da separação com vista a alcançar essa propalada discriminação positiva.
Há outros exemplos em que a separação de grupos de risco, igualmente de etnia cigana, foi a solução encontrada pelas escolas e pelo ministério. Nesses casos terão sido tomadas medidas reais de acompanhamento que promovessem, a prazo, a integração plena das crianças.
Ainda assim, discordo. Promover a inclusão pela via da exclusão enquadra-nos, de novo, com o paradoxo a que fizemos referência no início desta abordagem.
Convém recordar que a directora regional de educação do norte, já antes tinha oferecido, de bandeja, aos jornalistas outros momentos de estreiteza técnica e política. Mas como a senhora não é uma técnica, desculpemos-lhe a falha política.
Neste caso concreto, a classificação de Margarida Moreira foi prontamente atenuada pelo secretário de Estado Valter Lemos, ao reconhecer que os 17 alunos de etnia cigana, separados dos restantes alunos e colocados num pré-fabricado no recreio, precisavam de outro tipo de enquadramento, incluindo a criação de um grupo de acompanhamento que ajudasse a melhorar a excelência apregoada, na véspera, pela directora regional.
Mas a questão essencial não está nas palavras da técnica do ministério de educação, nem nas medidas que o executivo pretende tomar em benefício destas 17 crianças. A questão essencial é, de facto, o princípio da separação com vista a alcançar essa propalada discriminação positiva.
Há outros exemplos em que a separação de grupos de risco, igualmente de etnia cigana, foi a solução encontrada pelas escolas e pelo ministério. Nesses casos terão sido tomadas medidas reais de acompanhamento que promovessem, a prazo, a integração plena das crianças.
Ainda assim, discordo. Promover a inclusão pela via da exclusão enquadra-nos, de novo, com o paradoxo a que fizemos referência no início desta abordagem.
Dará mais trabalho, envolverá outro tipo de meios, eventualmente mais pesados do ponto de vista financeiro, outro tipo de vontades, de coragem, mas, quando evitamos que um grupo de risco contamine as restantes crianças, o risco poderá ser atenuado a prazo, mas que efeitos reais terá a decisão nos visados alvo dessa descriminação?
Uma turma de rebeldes parece ser a ante câmara dos colégios de reinserção. Essa visão, confesso-vos, não me agrada… Não protege as crianças e, no futuro, dificilmente protegerá a sociedade.
Uma turma de rebeldes parece ser a ante câmara dos colégios de reinserção. Essa visão, confesso-vos, não me agrada… Não protege as crianças e, no futuro, dificilmente protegerá a sociedade.
terça-feira, 24 de março de 2009
Preservativo SIM!
Não fora ridiculamente trágica a afirmação de Bento XVI e eu teria rido de tanta ingenuidade do líder máximo da Igreja Católica. Mas ninguém é, hoje em dia, assim tão ingénuo. Lembrei-me, sabe-se lá porquê, de duas máximas igualmente ingénuas e que ainda me fazem arrepiar: "Alegria no Trabalho"1 e "Arbeit macht frei - o trabalho liberta 2)
1- Um dos lemas da ditadura salazarista
2- Inscrição à entrada dos campos de extermínio judeus na vigência do III Reich.
Pintura: Vénus e Adónis por Jacob Adriaensz Backer (c. 1650)
1- Um dos lemas da ditadura salazarista
2- Inscrição à entrada dos campos de extermínio judeus na vigência do III Reich.
Pintura: Vénus e Adónis por Jacob Adriaensz Backer (c. 1650)
sábado, 21 de março de 2009
Não mexer!
Segundo me constou, de fonte seguríssima, o Partido Socialista cá da terra ainda não tem candidato para as autárquicas… que são já amanhã. Dos outros partidos nada sei, mas as coisas devem estar na mesma. A CDU também ainda não se abriu, embora se saiba que Carlos Pinto de Sá seja o escolhido pela coligação para se candidatar ao seu último mandato. A constituição da sua equipa não foi divulgada, mas adianto-me numa opinião, que ninguém pediu mas que dou na mesma.
Se pensarmos na crise que nos governa e tendo em linha de conta a experiência adquirida nos últimos dois mandatos, há nomes nos quais não devem mexer. Essa experiência, juntamente com o bom senso demonstrado, é imprescindível para continuar a gerir no concelho as áreas da Cultura e da Educação. Sem desprimor para o trabalho feito em prol da primeira, é visível, no âmbito da segunda, a existência de um excelente entendimento, e de bons resultados, entre o referido pelouro e os agentes educativos no terreno. Que se contrarie a tendência generalizada de mudar o que está bem.
Se pensarmos na crise que nos governa e tendo em linha de conta a experiência adquirida nos últimos dois mandatos, há nomes nos quais não devem mexer. Essa experiência, juntamente com o bom senso demonstrado, é imprescindível para continuar a gerir no concelho as áreas da Cultura e da Educação. Sem desprimor para o trabalho feito em prol da primeira, é visível, no âmbito da segunda, a existência de um excelente entendimento, e de bons resultados, entre o referido pelouro e os agentes educativos no terreno. Que se contrarie a tendência generalizada de mudar o que está bem.
sábado, 14 de março de 2009
O Magalhões
Ainda bem que o Fernão de Magalhães fez um manguito ao nosso rei D. Manuel I e decidiu, em 1519, empreender a sua excursão marítima à volta do mundo, ao serviço de Carlos I de Espanha e V do Sacro Império Germânico (soa logo doutra maneira, assim tipo à tio, sei lá). Pois o Tio Magalhães (era nobre, sim!) estaria hoje às voltas na sua pacata tumba (não faço a mínima onde repousa eternamente), ao saber que o seu nome dá visibilidade a uma maquineta manhosa e perversa, que tem servido para encenações, exercícios de cosmética político-partidária, recolha de votos e de simpatias, ainda por cima com programas e jogos para as crianças cheios de erros de Português, quer a nível gramatical quer lexical. Não sei quem fez a verificação do computador antes de ele ter sido posto a circular. D. Sócrates I não terá sido, porque ele tinha dado logo pelos erros.
Tudo isto serve para dizer que o nosso país não mudou em nada. Já no século XVI, os tipos com dois palmos de testa iam para o estrangeiro pôr a render os seus talentos e os governantes queriam era folclore, muito estilo gótico, muitos rendilhados nas catedrais e tal, para desagravo dos pecados e para pura exibição, ainda quem sem fatos Armani. Mas o culto do chefe era, nesse tempo e agora, como diz a minha sábia tia Amélia, até vir a mulher da fava-rica.
Tudo isto serve para dizer que o nosso país não mudou em nada. Já no século XVI, os tipos com dois palmos de testa iam para o estrangeiro pôr a render os seus talentos e os governantes queriam era folclore, muito estilo gótico, muitos rendilhados nas catedrais e tal, para desagravo dos pecados e para pura exibição, ainda quem sem fatos Armani. Mas o culto do chefe era, nesse tempo e agora, como diz a minha sábia tia Amélia, até vir a mulher da fava-rica.
Grandes aflições!
Estou com pena do Belmiro de Azevedo. Estava no clube dos milionários desde 2004 e agora já não faz parte da Lista Forbes (ohhhhh!), onde todos nós gostaríamos de constar. A fortuna do chefe da Sonae está só avaliada em 770 milhões de euros, o que não chega para o ambicionado estatuto de ultra-riquíssimo. Mas o senhor Azevedo já sabe: se precisar de uma ajudinha para recuperar o lugarzinho, conta cá com o menino. Temos de estar unidos nestes momentos de grave crise. Escreva-me aqui para o Blogue que eu logo vejo o que posso fazer. Vá lá, não desespere. Eu também já passei por isso... e depois tudo se resolveu. Abracinhos.
terça-feira, 10 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Volta Torquemada... estás perdoado!
A Igreja Católica excomungou a mãe e os médicos que provocaram o aborto a uma menina de nove anos que, violada pelo padrasto, se encontrava grávida de gémeos. O arcebispo, autor desta decisão perfeitamente anacrónica e anedótica, deverá incorrer, muito em breve, noutra de idênticas proporções: propor ao Papa a canonização do padrasto.
sábado, 7 de março de 2009
Uma novela com 1.000 episódios
Sexo, chantagem, dinheiro, árbitros corruptos, dirigentes desportivos corruptos, mulheres corruptas, mais sexo, mais chantagem, mais dinheiro, mais árbitros corruptos, mais mulheres corruptas, alguns virgens (?) ofendidas, muita vingança, horas de escutas telefónicas e ajustes de contas à la Mafia. Para quê gastar dinheiro a produzir e gastar tempo a ver novelas, se isto aqui é material de primeira qualidade, produto do reality show que é a nossa triste vidinha lusitana? Não percebo por que é que P. da Costa continua com aquele sorriso nos lábios... Ah, já sei. Estamos na América Lat... , perdão em Portugal.
(A imagem que encima o texto foi retirada descaradamente de abreosolhos.webs.com/obrigadouefa.htm. Pago mais tarde)
domingo, 1 de março de 2009
Como???
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