Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
domingo, 28 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
Um abraço, Manel!
Sem querer transformar este Cloreto num
Panteão Local, não posso deixar de recordar Manuel Justino Ferreira, que
desapareceu fisicamente do nosso convívio há dez anos. Porém, continua vivo o
poeta, o músico, o encenador, o actor, o inventor de histórias, o contador de
anedotas, o acompanhador de fado, o homem da noite e dos amigos e um louca e
eternamente apaixonado pela Torre do Relógio. Também ele marcou gerações,
instituições e colectividades com o seu inesquecível talento e jeito peculiar
de ser e de estar.
O Manuel Justino nunca foi um homem
de teres e haveres. Foi sempre o homem das palavras escritas, das palavras
ditas e, quantas vezes, das palavras malditas. Foram essas as que mais me
cativaram.
Um abraço cheio de saudade.
P.S.: Nestes dez anos, nos encontros com o teu filho Manuel Henrique, com o
Leopoldo Gomes ou com o Manuel Filipe Vieira, o teu nome vem sempre à baila,
por este ou por aquele motivo, ou só porque sim, porque temos saudades dos teus
momentos de grande humor e da escrita tão terna quanto provocadora. Desculpa
tratar-te por tu, mas sinto-me assim mais próximo da tua poesia e do espaço
onde agora habitas. O pessoal também te manda um abraço fraterno.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
XVIII Concerto de Outono (Vocalidades 2012)
Foi mais uma tarde de grande convívio musical e... humano. A música tem destas coisas. Obrigado aos coros convidados, ao público presente e às entidades patrocinadoras.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
O Pirulito
Não há-de faltar muito para regressarmos ao cultivo da terra como forma única de sobrevivência. Foram uns anos de pousio, a mando da União Europeia e dos poderosos que nela têm mandado. “Parem as sementeiras que a gente manda para aí dinheiro”, diziam eles. E nós, ignorantes e a pensar na chuva de milhões, assim fizemos. E a terra, que tudo dá, por aqui ficou, seca, estéril, ao abandono, neste Alentejo outrora um mar de ouro e fonte de riqueza inesgotável.
Hoje,
muitos dos meus amigos, para poderem fazer algumas refeições decentes,
ressuscitaram uma leira de terra, que era do pai ou do avô, onde vão cultivando
batatas, cenouras, couves, feijão e outros produtos, ao sabor das estações do
ano. Porque se aproximam dias ainda mais difíceis e o regresso à terra parece
ser a única solução para minimizar os estragos. Com as políticas fiscais e de
cortes, o comércio vai parar, a indústria já está a ficar parada, os desempregados
são aos milhares, o euro fica cada vez mais desvalorizado e os jovens
recém-formados, garantia de futuro deste pardieiro assustadoramente mal
frequentado, continuam em casa dos pais, porque para arrendarem uma casa para
si e ficarem autónomos é fundamental uma garantia de emprego.
Não vale a
pena disfarçar mais. A maioria dos portugueses começa a não ter para onde se
virar, começando já a manifestar-se nas ruas, pacificamente, fazendo ver aos
que não querem ver que vamos, cada vez com mais certezas, para o fundo, sem
capacidade para resolver, como era hábito, as questões de vária ordem do nosso
dia-a-dia. Pieguices, naturalmente, como iria alguém…
A panela de pressão em que transformaram Portugal não tem
pirulito. Pode, por isso, explodir a qualquer momento. E depois?
sábado, 6 de outubro de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Distraídos crónicos...
Contador de visitas
- Al Tejo
- Associação Cultural Theatron
- Atenta Inquietude
- Cantigueiro
- Conversa fiada sobre detalhes quotidianos
- Coral de São Domingos (blogue)
- Coral de São Domingos (canal youtube)
- Coral de São Domingos (Myspace)
- Coral de São Domingos (site oficial)
- Mala de Contos
- Me, myself and the pen
- Medos Meus
- O Aroma a Canela
- Porta Mágica