Prometo que é a última vez que falo de Educação, da Senhora Ministra e do resto do pessoal. É a última vez... em Fevereiro, porque o ano ainda agora vai no adro, ou lá como é que se diz... Isto é apenas um apanhado das minhas angústias em relação a esta matéria, que é a minha matéria, a matéria que me dá o pão para a boca.
Duvido que os que ainda estão no Ministério da Educação saibam exactamente o que andam a fazer. O arrepio feito à questão da avaliação dos professores, mantendo-se um processo confuso e inexequível, foi prova disso. No entanto, a senhora ministra insiste neste simplex igualmente manhoso e que deixa sempre por avaliar, DE FACTO, as capacidades científico-pedagógicas dos docentes. Para que seja cumprido, obrigaram agora os professores a regredir na sua luta, através de ameaças, umas mais veladas do que outras. Mas há obrigações que não se compadecem de possíveis não-colocações, transferências de escola ou aposentações compulsivas: há encargos bancários e familiares e há o dinheiro bem contado até ao final do mês. E os senhores do Ministério sabem-no e jogam ignominiosamente com tais impedimentos. Não é a sociedade civil que desrespeita os professores e ridiculariza o seu papel, que é fundamental na formação dos homens e mulheres de amanhã. É o Governo. É o Governo Socialista Faz-de-Conta de José Sócrates. Pronto. Desabafei. Até para o mês que vem.