sábado, 14 de março de 2009

O Magalhões

Ainda bem que o Fernão de Magalhães fez um manguito ao nosso rei D. Manuel I e decidiu, em 1519, empreender a sua excursão marítima à volta do mundo, ao serviço de Carlos I de Espanha e V do Sacro Império Germânico (soa logo doutra maneira, assim tipo à tio, sei lá). Pois o Tio Magalhães (era nobre, sim!) estaria hoje às voltas na sua pacata tumba (não faço a mínima onde repousa eternamente), ao saber que o seu nome dá visibilidade a uma maquineta manhosa e perversa, que tem servido para encenações, exercícios de cosmética político-partidária, recolha de votos e de simpatias, ainda por cima com programas e jogos para as crianças cheios de erros de Português, quer a nível gramatical quer lexical. Não sei quem fez a verificação do computador antes de ele ter sido posto a circular. D. Sócrates I não terá sido, porque ele tinha dado logo pelos erros.
Tudo isto serve para dizer que o nosso país não mudou em nada. Já no século XVI, os tipos com dois palmos de testa iam para o estrangeiro pôr a render os seus talentos e os governantes queriam era folclore, muito estilo gótico, muitos rendilhados nas catedrais e tal, para desagravo dos pecados e para pura exibição, ainda quem sem fatos Armani. Mas o culto do chefe era, nesse tempo e agora, como diz a minha sábia tia Amélia, até vir a mulher da fava-rica.

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Distraídos crónicos...


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