Iniciámos
há pouco a última etapa escolar.
A menos de um mês do final do ano lectivo, tornam-se agora mais visíveis as
preocupações dos alunos com o aproximar dos últimos dias. (É todos os anos
assim, sem excepção.) Claro que essas preocupações são legítimas e têm razão de
ser, mas a tensão e a angústia seriam menores se, muitos meses antes, o estatuto
de estudante tivesse sido encarado como uma profissão mais séria e importante.
Claro que não se deve confundir a árvore com a floresta e todos sabemos que há
alunos (e pais) que se preocupam, desde o primeiro momento, com os resultados e
com a necessária aquisição de conhecimentos para que aqueles possam ser os
melhores possíveis. Outros há (e não são assim tão poucos) que começam agora a
olhar para o calendário e que procuram fazer num mês o que não conseguiram em
oito. Sorrio perante este exercício, quantas vezes inglório, mas que seria
evitável se esse esforço tivesse sido distribuído no decorrer do ano lectivo.
Contudo, por muito que os professores e os pais insistam nessa questão, muitos
jovens vêem na escola apenas um pretexto para sair de casa, para passar umas
horas a trocar mensagens, a jogar nos computadores da Biblioteca ou como mero
centro de convívio de quem não tem mais nada para fazer. É pena. Porque
Portugal vai continuar à espera da geração certa. E nós queremos que seja esta.
Mas com uma atitude diferente. Antes que seja tarde.
Ideias velhas, recicladas a bem do ambiente intelectual português. (E algumas intimidades partilháveis)
quarta-feira, 18 de maio de 2016
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