domingo, 12 de janeiro de 2014

Francisco



Ainda que demorem a concretizar algumas das actualizações a que a Igreja Católica se deveria submeter para, na minha opinião, se situar ainda mais perto dos seus fiéis, em particular, e dos cristãos de uma forma geral, só o comportamento do novo Papa é, por si só, revelador de que algo diferente começou a surgir no horizonte. Depois da última anunciação “Habemus Papam”, todos, católicos e não católicos, estavam à espera que o novo hóspede do Vaticano viesse dar continuidade ao ar formal de Ratzinger e a tudo o que este Papa simbolizava. Mas não. Assistimos à ascensão de um líder espiritual e político mas que não se esquece que é um homem que, tal como os outros homens, está neste mundo com uma missão. A sua já se tornou visível. Se João Paulo II foi o Papa Peregrino (e o que, até então, mais seguidores tinha), Francisco será, para mim, o Papa Sem Medo, o Papa Social, o Papa Descontraído, protector dos mais pobres, dos mais tristes, dos mais abandonados pelos seus próprios semelhantes. A sua figura, o seu sorriso, as suas constantes fugas ao rígido protocolo, as suas intervenções, quase à revelia do exigido, são factores que têm conquistado a simpatia e a admiração de crentes, agnósticos e ateus e que, tenho a certeza, aos poucos, vão impondo algumas novas regras, desconcertantes é certo, nos até agora frios corredores do Vaticano.

Creio que podemos começar a afirmar, sem receio de errar, que no Vaticano a tradição já não é o que era. E essa mudança tem um rosto e um nome: Jorge Mario Bergolio. Francisco para os amigos.

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Distraídos crónicos...


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