O Grito, Edvard Munch (1893)
Distraídos com os dramáticos (contudo, esperados a qualquer
momento) ataques a Paris, esquecemo-nos de que fomos às urnas no
dia 4 de Outubro e que ainda não temos um governo fixo. Por causa do
horror a que temos vindo a assistir, deixámos de dar atenção aos
ataques que a coligação dita de direita e a associação dita de
esquerda fazem todos os dias à nossa inteligência. Porque o que
eles fazem também roça o terrorismo. Não precisamos, pois, do
Estado Islâmico para criar o pânico no pessoal luso.
Eu explico:
se o PS e os seus novos amigos assustam o povo quando dizem que o PSD
e o amigo vão carregar nos cortes e nos impostos… isso é
terrorismo. Quando o PSD e o amigo dizem que o PS e os novos amigos
vão pôr o país na falência… isso é terrorismo. Quando se
acusam mutuamente sem apresentarem soluções transparentes, dignas e
seguras aos munícipes deste grande quintal, esses radicais estão a
fazer terrorismo. Essas criaturas, cegas pelo desejo de poder (sempre
o poder) não medem as palavras e muito menos querem saber do rumo
que essas diatribes inconsequentes podem dar à nossa vida de todos
os dias.
Portanto, é urgente
regressar à nossa realidade e aguardar, não sem alguma angústia, a
decisão do Presidente da República, caso ele regresse da Madeira
onde está neste momento na mais inútil visita de Estado de que há
memória.
In "O Montemorense", 20/11/2015
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